Saber exatamente o que se deve dizer, a cada momento, isto é o que nos é cobrado na vida moderna. Sermos eficientes termos respostas a tudo que nos é apresentado como dúvida. Mas estaremos nós todos com tantas respostas à tudo?
Quando nos deparamos com questões sem possíveis respostas ou que as respostas sejam permeadas pela dúvida podemos achar que não estamos à altura dos desafios impostos.
Entretanto a vida e o viver é permeado por muitas perguntas sem respostas ao nosso entendimento e possivelmente não encontraremos respostas nem nós mesmos nem mesmo as futuras gerações.
O que se apresenta como uma incapacidade pode ser simplesmente um forte sinal de humanidade, nossas ações intelectuais ou intuitivas podem ser estimuladas ao máximo e mesmo assim as respostas não nos chegarão como desejamos.
Este limite pode ser uma auto-defesa emocional ou mesmo um estágio superior de conhecimento que ainda no alcançamos, entretanto o sentir-se culpado ou diminuído por não ter todas as respostas é um erro bem maior do que simplesmente não assumir a incapacidade de responder.
Não encontrar palavras para definir sentimentos ou ausências não quer dizer que não sentimos e não queremos bem aos nossos queridos e amados… Pode ser que palavras desgastadas pelo uso frequente sem a dimensão justa e contextualizada seja o que não queremos repetir.
Dizer a palavra “saudade”com o sentido de uma canção, ou como numa saudade de algo ou alguém de quem anda temos a possibilidade de encontrar seja uma palavra menor.
Dada a dimensão do sentimento de apartamento que temos é perverso pedir que palavras designem o que não temos a capacidade itelectiva nem imagética e tentar dar uma resposta .É algo que ainda não somos suficientemente capazes.
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